sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

POEMA: SE EU PUDESSE

Seu eu pudesse converter palavras em melodia, eu faria uma musica bem assim:
Primeiro descreveria tudo o que penso do luar.
Até amanhecer o dia eu escrevia sem me cansar.
Quando me faltassem as palavras lá dentro da minha imaginação, começava a navegar.
Daria cores diferentes as coisas, pintaria o preto e branco e iluminaria toda escuridão.
Quem sabe assim só haveria dia. Dias coloridos de verão.

Se eu pudesse converter notas em palavras escrevia um dicionário somente com uma canção.
Eu nao me importaria com afinação ou até mesmo escala, só cantaria por diversão.
Cada estrofe seria uma página e o ritmo seria pelo significado de cada palavra.
Como se nao bastasse as notas eu também começaria a batucar.
Seriam então as palavras mais fortes, como aquelas que usamos pra gritar.
O interessante do meu livro é que na verdade ele nao precisa ter sentido
Ele é somente a isca perfeita para seu anzol de significados.

Se eu não posso nada disso, o que vc tem com isso?
Vai dizer igual aquele, chamado Povo, que disse que nem sempre querer é poder?
Pode ser!
Ah mas se eu pudesse fazer um pedido, mesmo que fosse escondido e quem sabe respondido, você ia ver.
Eu faria meu desejo realizado e ia rir de gargalhada só por prazer.
Não é só porque é um sonho ou um desejo fantasiado que não seja divertido.
É que no mundo faz de conta, até o que está reto, pode ficar invertido.

Enquanto nada esta diferente eu continuo a escrever.
Porque pelo menos tudo o que penso, mesmo que nao seja realidade, aqui posso dizer.
Enquanto a musica é musica, melodia é melodia e palavra é palavra.
Continua lendo o texto, corre, leia, pense, sonhe...senão acaba.

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