quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Não é problema seu, é nosso.

Desce a chuva. Junto com ela se vão propriedades, móveis, sonhos, esperança e até mesmo a vida. Descrever as catástrofes recém acometidas no Rio de Janeiro, para nós mineiros da região do Vale do Rio Doce, é um tanto quanto confortável. Afinal, o que sabemos é tão superficial quanto as imagens editadas exibidas em um telejornal de preferência.
De acordo com última atualização do Instituto Médico Legal (IML), o número oficial de mortos em decorrência das enchentes e dos deslizamentos de terra que atingiram a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro chega a 817. Sendo referente a 395 vítimas de Nova Friburgo, 329 em Teresópolis, 67 em Petrópolis, 21 vítimas em Sumidouro, quatro em São José do Vale do Rio Preto e uma em Bom Jardim.
Ao analisar tantos dados negativos, a primeira coisa que nos vem à mente é: “Ainda bem que não estou lá”. Conforme eu disse, estamos em uma zona de conforto tão grande, que por mais que busquemos informação e até nos sensibilizemos pelos cariocas nos projetamos a pensar que não temos nada a ver com isso. Não é mesmo?
Se você pensa assim, lamento ter que discordar-lo.
Geograficamente eu tenho que admitir que esteja certo. No que se trata de proximidade, a região da Zona da Mata Mineira é a que está mais vulnerável ao excesso de chuva do Rio. Porém existem outros fatores que não podem ser ignorados.
O primeiro deles é a Irresponsabilidade Ambiental, que por sinal também abrange dois aspectos: tanto pelo descaso com o meio ambiente (com queimadas, poluição e até mesmo no simples fato de não descartar corretamente o lixo), como também a falta de um profissional na hora da construção. Durante meus quatro anos atuando como jornalista em Muriaé, passei por algumas enchentes, e pude acompanhar várias mortes (infelizmente) por soterramento. Em todas as notícias o mesmo erro era encontrado: Não houve acompanhamento de um arquiteto e nem sequer o alvará da prefeitura de autorização no local. Seríamos hipócritas em afirmar que isso só acontece no RJ.
O segundo ponto, nem sempre de boa aceitabilidade, está relacionado à Bíblia, palavra de Deus. Calma! Eu imagino que você já esteja pensando que eu falarei: “Jesus está voltando! Em apocalipse afirma que nos últimos dias haveria catástrofes climáticas e etc...” Engano seu, mais uma vez. Agora, se me perguntar se creio nessa palavra, obviamente que sim! Mas não quero ser repetitiva, pois você já sabe disso. Na verdade existe algo novo, inspirado por Deus, que você precisa aprender.
A bíblia diz que Deus criou o mundo e tudo o que nele há. O livro de gênesis relata o empenho e a atenção em que Deus depositou ao criar o mundo. Por mais que Ele seja Deus, criar foi algo que exigiu esforço, haja vista que no sétimo dia Ele tenha descansado. Após todo esse processo Deus foi tão generoso que decretou que o homem dominasse tudo aquilo que ele fez. Você pode imaginar o amor que Deus tem pela Terra?
Quando nós somos relapsos com o meio ambiente, desprezamos o que Deus fez. E pior ainda, Ele fez para nós. A palavra de Deus afirma que o Senhor confiou que o homem tivesse domínio sobre todas as coisas, porém esse domínio era chamado de cuidado.
“Genesis 2 – 15: E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar”
Lavrar significa da seqüência na obra que Deus tinha feito e guardar significa proteger. É isso o que tem acontecido?
Quando vemos essas enchentes e as graves conseqüências, como a morte, temos o costume de julgar injusto. Mas se falamos que isso é injusto, julgamos Deus injusto. Não estou dizendo que Deus esteja criando essas catástrofes para se vingar. De forma alguma. E nem mesmo a natureza teria poder de se defender sozinha. Há uma explicação simples: Causa e efeito.
Deus criou o mundo e ordenou que o homem desse seqüência no trabalho Dele e que cuidasse, porém, a ação contrária a essa ordem traz resultados contrários ao que Deus planejou. Simples assim.
O que aprendemos com isso é que todas as coisas estão sob o domínio de Deus, porém algumas ele permitiu que estivesse sob o domínio do homem. O que acontece a partir de então é totalmente de nossa responsabilidade, ou seja, conseqüência de nossos atos.
Enquanto buscamos um culpado, fugimos da nossa responsabilidade, não somente como cristãos, mas também como seres humanos. Não sou naturalista e nem sequer ambientalista, mas amo e valorizo o que Deus fez.

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